dezembro 20, 2013

Lurdes Breda apresenta livro na Casa de Goa e obtém êxito


 

No passado dia 14 de Dezembro 2013 foi feita a apresentação do livro"O Pinguim Pingalim e o Leão Tião" de Lurdes Breda no auditório da Casa de Goa, em Lisboa, tendo-se respirado, do princípio ao fim, cultura, mas acentuadamente numa das suas formas mais ricas, a interculturalidade.


A ilustradora do bonito livro foi Manuela Rocha cujo trabalho representa a sua defesa de tese de mestrado, mostrando inclusivamente os originais de todos os desenhos incluídos no livro. Explicou como conseguiu o binómio Manuela Rocha/Lurdes Breda e como as duas acabaram por produzir uma obra que não se confina à escrita e ilustração já que João Conde musicou e concebeu, muito bem o audiolivro que vem integrado no próprio livro.


Lurdes Breda, escritora de vários livros já editados, desdobrava-se de forma impressionante pela Casa e nas alternadas intervenções explicativas para que tudo corresse bem.  Parecia que tudo decorria informal, mas as adaptações que tiveram de ser feitas (por razões de cumprimento de horários dos vários amigos da Lurdes) até parecia que tudo teria sido assim combinado. Mas a Lurdes foi explicando tudo e conseguiu reunir ali um conjunto de pessoas os “amigos da Lurdes” que garantiram uma tarde maravilhosa a quem esteve presente.


A abrir, o Grupo Musical Gâmât ,  jovens da própria Casa de Goa  e da Academia, brindaram a plateia com canções de Goa e portuguesas arrebatando os justos aplausos. Boa exibição.


O poeta e muito premiado Delmar Gonçalves  fez uma intervenção que elevou os valores da amizade, do amor, do respeito, liberdade, democracia, coragem e interculturalidade. Uma muito boa intervenção a dedicar dois versos seus, originais, à Lurdes Breda e a sugeriu que este livro fosse incluído no plano nacional de leitura. Mereceu longas palmas porque tudo o que leu e disse foi mesmo bom. Delmar Gonçalves é escritor e Presidente do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora. É animador cultural, declamador e contadores de histórias africanas. Uma pessoa que se tem prazer nas suas intervenções.


Do Brasil “veio à pressa”, ainda cansada mas não quis deixar de estar presente e cantar a conhecida cantora angolana, Isabel Ferreira, acompanhada por outro grande músico e cantor Chalo Correia. Seguidamente, também este atuou cantando ao som da sua própria viola. Excelente, maravilhoso.


Mas não ficou por aqui a riqueza desta excelente pois tivemos a atuação do Teatro Ibisco que apresentou a peça “Murkur, Murkur” . Os jovens foram ali a demonstração de como se pode trabalhar saudavelmente em bairros identificados como problemáticos. A plateia participou e aplaudiu porque eles conseguiram interagir com todas as pessoas.


E se tudo foi bom até ali, João Conde tocou e cantou o poema que compôs para este  livro. E, todos de livro na mão cantaram em conjunto uma bonita canção. Os mais novos apreciaram tudo. Era também para eles que tudo se fazia, que tudo acontecia.

Fica a sugestão. Adquira o livro porque vale a pena.

Com uma canção de Natal pelo grupo Gâmât e lanche para os jovens oferecido pela Direção da Casa de Goa, assim se deu por terminada esta tarde memorável.


E, quanto à Lurdes Breda, ela anda por aí criando momentos como este. Continuando a escrever e a sabê-lo fazer muito bem.  Escreve para jovens e menos jovens. A sua poesia é encantadora, por vezes até entusiasmante, desafiante. Mas nem só de poesia

 se pode ler esta escritora.

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