"Olhar para o passado, percebendo a
evolução das plantas e da floresta em território português, é o que
permite a exposição que a partir de quarta-feira está patente no Centro
Ciência Viva da Floresta. A mostra conta com um conjunto de fósseis de
vegetais, alguns com mais de 300 milhões de anos, e com plantas atuais
descendentes desses exemplares primitivos. Preparada sob coordenação de
João Pais e Mário Mendes, da Universidade Nova de Lisboa, “A evolução da
Floresta Portuguesa” pode ser visitada até 30 de junho.
Embora fazendo zoom sobre o território nacional, a viagem histórica
acompanha a própria evolução da Terra, começando com o surgimento dos
organismos fotossintéticos que, há cerca de 2800 milhões de anos, foram
responsáveis pela atmosfera oxigenada do planeta. Até há aproximadamente
430 milhões de anos, as plantas apenas viviam em ambientes aquáticos e a
colonização do meio terrestre foi um marco fundamental na evolução
biológica, já que o aparecimento do coberto vegetal tornou possível a
diversificação dos animais.
Entre os 350 e os 300 milhões de anos, em Portugal formavam-se
cordilheiras de montanhas com lagos rodeados e habitados por vegetação
rica e diversificada. Havia cavalinhas gigantes e os fetos eram
abundantes. E só há cerca de 55 milhões de anos as plantas com flor
parecem ter atingido importância ecológica semelhante à atual. A partir
daí, a vegetação evoluiu e as áreas de povoamento florestal
modificaram-se profundamente devido às oscilações climáticas, em parte
devidas à deriva das áreas continentais.
Participaram na preparação desta exposição, além do Centro Ciência Viva
da Floresta, o Departamento de Ciências da Terra da Universidade Nova
de Lisboa, o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, o Museu
Geológico, o departamento de Ciências da Terra da Universidade de
Coimbra, o Geoparque Naturtejo, o Município de Proença-a-Nova e a
empresa Aterro do Vale."
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