abril 02, 2013

Proença - Exposição desvenda evolução da floresta

 
"Olhar para o passado, percebendo a evolução das plantas e da floresta em território português, é o que permite a exposição que a partir de quarta-feira está patente no Centro Ciência Viva da Floresta. A mostra conta com um conjunto de fósseis de vegetais, alguns com mais de 300 milhões de anos, e com plantas atuais descendentes desses exemplares primitivos. Preparada sob coordenação de João Pais e Mário Mendes, da Universidade Nova de Lisboa, “A evolução da Floresta Portuguesa” pode ser visitada até 30 de junho.

Embora fazendo zoom sobre o território nacional, a viagem histórica acompanha a própria evolução da Terra, começando com o surgimento dos organismos fotossintéticos que, há cerca de 2800 milhões de anos, foram responsáveis pela atmosfera oxigenada do planeta. Até há aproximadamente 430 milhões de anos, as plantas apenas viviam em ambientes aquáticos e a colonização do meio terrestre foi um marco fundamental na evolução biológica, já que o aparecimento do coberto vegetal tornou possível a diversificação dos animais.


Entre os 350 e os 300 milhões de anos, em Portugal formavam-se cordilheiras de montanhas com lagos rodeados  e habitados por vegetação rica e diversificada. Havia cavalinhas gigantes e os fetos  eram abundantes. E só há cerca de 55 milhões de anos as plantas com flor parecem ter atingido importância ecológica semelhante à atual. A partir daí, a vegetação evoluiu e as áreas de povoamento florestal modificaram-se profundamente devido às oscilações climáticas, em parte devidas à deriva das áreas continentais.

Participaram na preparação desta exposição, além do Centro Ciência Viva da Floresta, o Departamento de Ciências da Terra da Universidade Nova de Lisboa, o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, o Museu Geológico, o departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra, o Geoparque Naturtejo, o Município de Proença-a-Nova e a empresa Aterro do Vale."

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