Zêzere valorizado em Cambas (Oleiros)
Ateliê do Zêzere
De acordo com a informação recebida do Município de Oleiros,"o Ateliê do Zêzere, realizado no passado sábado, dia 28 (julho 2018), na freguesia de Cambas, comprovou ser uma atividade de interesse elevado e valorizadora dos ativos patrimoniais do território. Esta iniciou-se na Pisoria, com vistas privilegiadas para a Serra da Estrela, onde nasce aquele que é o 2.º maior rio português e teve direito a explicação dos aspetos geomorfológicos mais relevantes pela geóloga Joana de Castro Rodrigues. Dali partiu o passeio pedestre interativo pelo futuro Trilho do Bonfim. De realçar o notável envolvimento da comunidade local que recriou várias atividades como a pastorícia, o linho, a carpintaria, a lavagem de roupa na fonte, as histórias e lendas populares, a resinagem ou a lavoura, não faltando um pitoresco reforço alimentar a meio.
Chegados
ao rio, os participantes puderam atravessá-lo de barco, numa experiência bastante
diferenciadora. De seguida, foi ainda possível visitar a antiga Igreja Matriz e
o seu surpreendente e valioso espólio. O garimpo do ouro no rio (a cargo de
Joana Rodrigues); os geomonumentos do Geopark Naturtejo (com a chancela da
UNESCO), como os Meandros "câmbios" do rio (e a sua relação com o
topónimo da freguesia) e a Garganta do Zêzere (em Admoço); a espécie que se
relaciona com o nome do rio (Prunus
lusitanica); a Grande Rota do Zêzere; o artesanato local (com a Arte Sem
Stress); os desportos náuticos; a pesca (com as redes, as pachecas e a tarrafa)
e o pescado; foram alguns dos aspetos abordados durante uma jornada bastante
rica, não deixando ninguém indiferente e elevando o interesse da ação.
E
se neste Ateliê a Cultura esteve em alta, a Gastronomia não ficou atrás e foi
abordada a utilização do pescado na alimentação, desde a mais tradicional à
mais sofisticada. Assim, como aperitivo e numa lógica gourmet, o chef Leonel
Barata apresentou algumas conservas de peixe do rio, por si
"amanhadas" de um modo que foi muito apreciado. Nesta degustação não
faltou o Achigã no Forno, a Carpa Grelhada, o Escabeche de Lúcio Perca, o Patê
de peixe do rio e as conservas de filete dos peixes já mencionados.
Após
o almoço de convívio, cuja ementa incluiu sopa de peixe e peixe frito com arroz
de tomate, os participantes, 185 no total, continuaram pela praia fluvial de
Cambas, onde puderam assistir à recriação histórica “O antigo quotidiano nas
margens do rio, o ancoradouro de Viriato e o porto d´abrigo lusitano”, a cargo
da Companhia de Teatro Viv´Arte. No final foi ainda possível andar de kayak e
petiscar peixe frito do rio e broa "triga-milha", em jeito de
merenda.
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