Neste fim de semana, em Oleiros e outros concelhos limítrofes, foi tempo de vindimas. Alguns, já o têm a fermentar, enquanto outros aproveitaram deixar propositadamente para esta data para que a uva esteja mais madure e, naturalmente apure o doce que contribuirá para uma maior graduação. Muitos dos nossos produtores (mais pequenos ou já mais significativos) já transformaram as suas vinhas e "engados" com videiras de castas nunca dantes utilizadas por aqui. Ainda há muitos que compram uvas ou vinho em locais mais quentes onde o venho apresenta uma graduação que até tem de ser desdobrado durante a elaboração do processo.
Mas hoje, já muitas adegas apresentam bons vinhos mas muitos também recorrendo ao ácido tartárico "é o principal ácido do vinho,
conferindo-lhe a saúde indispensável à sua vida. Em casos de vinhos com
pouca acidez, é desejável que o ácido tartárico seja adicionado (acidulante INS
334), contribuindo para a qualidade global do vinho. Também pode ser
encontrado em alguns bolos ou sobremesas, onde é adicionado com o
objectivo de captar pigmentos que se formem durante a cozedura e assim
manter a cor original do produto - Wikipédia" e a sulfitos (ver no final a interessante nota).
Mas há castas que em Oleiros devem ter outra atenção, nomeadamente o "callum", "arinto".
Numa atitude de trabalho em comunidade várias são povoações em que alguns dos seus habitantes trabalham em conjunto para "fazer o vinho", ora de um, ora de outro.
Uma das outras realidades que acontece cada vez mais neste concelho é a jerupiga e, das muitas que tenho provado, abunda por aqui diversidade e qualidade.
Por isso, este fim de semana (e ainda mais algum) foi tempo de vindima. Foi tempo como outros tempos que acontecem nesta zona como
- o tempo de semear o milho e depois de "levar até às arcas"
- é o tempo da apanha da azeitona
- é o tempo de semear batatas e das arrancar
- é o tempo de apanhar os figos, as castanhas e outras frutas
- é o tempo de festejarem, em conjunto, nos momentos da degustação dos produtos. Na minha terra é assim. Nas outras já usam mais maquinaria.
Nota adicional: Recorrendo à página da internet encontramos a explicao cabal dos benefícios e dos malefícios de utilização deste produto. Não deixe de ler e talvez encontre aqui a razão porque muita gente se sente mal bebendo vinho com sulfito.
"Os sulfitos são usados desde a antiguidade: os gregos usavam-no para
desinfetar as casas, enquanto os romanos usavam-no na sanitização dos
recipientes destinados ao acondicionamento do vinho. A partir de 1650 os
sulfitos começaram a ser utilizados para a preservação de alimentos em
geral e tem sido assim até hoje.
O termo “sulfitos” inclui o dióxido de enxofre (SO2) e os sais formados
do ácido sulfúrico, tais como sulfito e metabissulfito de sódio ou
potássio. Na produção de vinhos e cervejas, os sulfitos são usados para
prevenir o aparecimento da coloração marrom na bebida e para cessar a
fermentação. Outros alimentos cheios de sulfitos são as frutas secas,
chips (batata frita, nachos) batata pré-descascada e fatiada, comida
pronta, geléias, sorvetes, pães, biscoitos, bolachas, waffles,
azeitonas, frutos do mar, presunto, linguiça, salsicha, enlatados em
geral, bacalhau seco, sucos de frutas envasados, pepinos em conserva,
vinagre de vinho, molhos e sopas industrializadas.
Uma a cada 100 pessoas pode apresentar forte reação aos sulfitos,
incluindo ataques de asma e até choque anafilático; no restante da
população as reações podem ser das mais variadas, desde coceiras e
vermelhidão na pele, eczema, dificuldades respiratórias, rinite
alérgica, palpitações, dores articulares, dores de cabeça, náuseas e
irritação do trato gastro-intestinal. O interessante é que, para as
pessoas mais sensíveis, não é necessário ingerir o alimento – basta
abrir a embalagem. A inalação dos gases de enxofre vindos de dentro do
pacote podem causar um ataque de asma imediatamente. Ao ser ingerido, um
alimento rico em sulfitos vai liberar gases de enxofre dentro do
estômago, que podem subir através do esôfago e alcançar as vias aéreas
superiores.
Um dos efeitos mais maléficos dos sulfitos é que eles inibem a tiamina,
destruindo a vitamina B1. Tal vitamina está presente nas carnes, nos
iogurtes e em alguns cereais.
A indústria farmacêutica também utiliza sulfitos na elaboração de
medicamentos, por causa de seu poder antibacteriano e antifúngico.
Assim, antibióticos (gentamicina, amicacina, tobramicina), analgésicos
(meperidina), anestésicos locais (lidocaína, procaína), tubetes de
anestésicos odontológicos e soluções parenterais e de diálise, além de
muitos outros, contém sulfitos.
Evitar o consumo de produtos ricos em sulfitos pode ser uma boa pedida
para quem sofre de asma, de irritações na pele, de dores articulares, de
dores de cabeça sem causa aparente, de falta de vitamina B1 e de
irritação do trato gastro intestinal.
Mas o que podemos fazer para fugir dos sulfitos? Ao comprar damascos
secos por exemplo, quanto mais escuros estiverem, melhor. Escolha
aqueles que são caramelo-amarronzados. Os damascos clarinhos,
amarelo-dourados, estão recheados de sulfitos. Infelizmente, as uvas
passas e as ameixas, mesmo sendo escuras por natureza, contém sulfitos.
Não adianta olhar o rótulo do produto para ver se ele foi tratado com
sulfito ou não. A legislação obriga a mencionar o sulfito somente a
partir de 10 mg por quilograma do alimento. Logo, em um pacote de
batatas descascadas, fatiadas e pré-cozidas, não encontraremos no rótulo
a palavra “sulfito”, já que a quantidade usada pode estar um pouco
abaixo das 10 mg por quilograma de batata. Mas pode ter certeza, ele
está lá. Se não estivesse, as batatas não estariam clarinhas, com a
aparência de que acabaram de ser cortadas.
Os rótulos podem também mencionar os conservantes pelos códigos,
principalmente os do tipo “E”. Aqui vai uma pequena lista dos sulfitos
que podem aparecer em forma de código nos rótulos:
E220: Dióxido de Enxofre
E221: Sulfito Sódico
E223: Metabissulfito Sódico
E224: Metabissulfito de Potássio
E226: Bissulfito de Cálcio
E227: Sulfito ácido de Cálcio
Para quem ficou triste em saber que seu alimento favorito é fabricado
com a adição de sulfitos (exemplo: vinhos e espumantes em geral, frutas
secas, carnes processadas) há uma boa notícia: basta adquirir o produto
de produção orgânica (ou biológica). Eles não levam sulfitos na sua
composição."
- Foto do jornal Sierramar
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