A festa do Milrico acabou
por se realizar graças a três bairristas “de peso” que nos últimos quinze dias
se desafiaram mutuamente a não deixar morrer a sua festa. E, em poucos dias
pensaram e levaram a cabo uma festa tipo
familiar (comedida, sem conjuntos, adaptada ao arraial e praticamente com a
prata da casa)
No primeiro dia estiveram
no palco um mestre no seu excelente órgão, com duas moças a cantar e, por fim,
com a participação do jovem acordeonista Rúben Alves que distribuíram animação
bastante para que os presentes chegassem a encher o arraial de pares a dançar.
Permitam-me que vos diga que foi uma festa como era há uns anos atrás. À
segunda-feira, estiveram presentes os “Seca adegas”, bastante conhecidos entre
nós e, como sempre, artistas que surgiram de todos os lados a tocar concertina
e acordeão. Não há dúvida que os cursos que têm existido – nomeadamente os de
Miguel Agostinho – fizeram surgir vários acordeonistas que, ainda novos, se
colocam ao lado dos veteranos e encerraram a festa comas suas exibições em
conjunto e individuais. Dos que presenciavam e mais ou menos já bem dispostos
cantavam mas dali só saíam razões para o riso.
Quanto à entrega da
bandeira, talvez vendo a astúcia e simplicidade com que estes três bairristas
conseguiram realizar a festa – com oferta de porco no espeto e feijoada a todas
as pessoas, com bom patrocínio do nosso amigo Abílio do Ribeiro que é
proprietário de restaurantes em Castelo Branco, “O Telheiro” e outro junto à igreja
de Nossa Senhora de Mércoles – acabaram por formar uma Comissão com 19
elementos.
Das informações que colhi
junto de quem conseguiu fazer a festa, a certa hora de segunda-feira, a receita
já cobria plenamente todas as despesas que tinham de pagar. Assim, o Milrico
mais uma vez se afirmou com a simplicidade que deveria ter sido sempre
caraterística e não enveredar por contratos de granes bandas musicais que,
depois, são difíceis de pagar.
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