ENTREVISTA AO SR PRESIDENTE DA
CÂMARA
MUNICIPAL DE OLEIROS
Dr.
Fernando Jorge
Decorridos dez meses enquanto
Presidente da Câmara Municipal de Oleiros impunha-se realizar esta entrevista
com o Dr. Fernando Marques Jorge, que muito amável e abertamente respondeu às
questões colocadas. É um Presidente acessível aos seus munícipes, uma grande
força de vontade em inverter o estado descendente dos concelhos e com a
consciência clara das áreas onde deve atuar para que Oleiros seja um concelho
onde as pessoas se sintam bem não só os que aqui vivem mas quem nos visita.
Trata-se de um autarca afirmativo, de
um político com grande influência no PSD a nível distrital e nacional. Basta
dizer que estamos a falar de um elemento da Comissão Política do PSD de Passos
Coelho.
Luís Mateus (LM) – No início do
mandato, ficaram bem marcadas duas das suas preocupações: a educação e a saúde.
Gostava que nos falasse
a)
Das medidas que a Câmara tomou, ou
vai tomar, para inverter a situação do encerramento das escolas e propostas concretas
como o protocolo com o Instituto Politécnico de Castelo Branco
Presidente: Permita-me em primeiro lugar
agradecer a oportunidade que me dá para responder à sua entrevista através do
seu Blog que sei ser lido e seguido por muitos Oleirenses.
De facto iniciámos o nosso mandato visitando o Agrupamento de
Escolas Padre António Andrade. Reunimos com a Direção e registámos as suas
preocupações e sugestões. Nessa mesma semana reunimos com responsáveis do
Governo Central. A primeira medida a ter sucesso dessa reunião foi a
substituição de todos os telhados ainda existentes de fibrocimento nas Escolas.
O Senhor Director Geral das Construções Escolares deslocou-se a Oleiros e
registou as aspirações que o Concelho Diretivo do Agrupamento de Escolas lhe
expôs. E paulatinamente tem vindo a dar seguimento a todas essas propostas. Foi
assim, que perante as realidades locais houve a sensibilidade do Governo em
manter em funcionamento todas as Escolas do Concelho.
Por outro lado, e sempre com o conhecimento e apoio da Direção
do Agrupamento de Escolas, traçámos um plano para aumentar o número de cursos
em Oleiros com o apoio do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Nesse
sentido o Presidente do IPCB, Prof. Carlos Maia deslocou-se algumas vezes ao
nosso Concelho, estando já assente que neste ano haverá um curso socioprofissional,
que para além de ajudar a fixar os nossos jovens, atrai outros de outras zonas
do País ou do estrangeiro. Neste acordo com o IPCB, criámos também bolsas de
Estudo para jovens da nossa Terra que frequentem o Ensino Superior neste
Instituto.
Através dum programa que elaborámos, ao qual chamámos Oleiros
Educa, criámos incentivos e apoios a jovens do Concelho e de outros Concelhos
que para aqui venham estudar. É um programa vasto que pode ser consultado por
todos na página oficial da Câmara Municipal de Oleiros, destacando que o
Município oferece gratuitamente os manuais escolares a todos os alunos.
b)
Uma forte aposta parece ser a
medicina de proximidade. Que medidas envolvem este projeto?
Presidente: Sempre fomos defensores duma
Medicina de Proximidade. O médico de Família tem um papel central e fundamental
neste processo. Todos os cidadãos devem ter um Médico de Família. Uma das
primeiras medidas que tomámos foi conseguir colocar um Médico de Família na
Extensão de Saúde do Estreito. Por outro lado, o Médico deve estar o mais
próximo do doente. Nesse sentido fizemos um acordo com a Unidade Local de Saúde
de Castelo Branco, após falarmos com os Diretores de Serviços Hospitalares e
com os Médicos Especialistas para fazerem consultas de especialidade no Centro
de Saúde de Oleiros. Foi necessário fazer ligação informática à Consulta
Externa do Hospital Distrital e dar formação administrativa para o bom
funcionamento deste serviço. Isto já está concluído. Vinte e dois Médicos
Especialistas aderiram a esta iniciativa. Está-se numa fase administrativa de
desmarcar consultas já programadas em Castelo Branco e transferirem-se para
Oleiros, bem assim como acertar horários com os Médicos.
Por outro lado, dentro de dias vamos apresentar uma carrinha
"Unidade de Saúde", com vários equipamentos que se deslocará às
freguesias, ora com Psicólogo ora com Enfermeiro, que prestarão serviços diretos
às nossas gentes e referenciarão doentes necessitando de consulta médica.
Ajudarão também nas chamadas consultas não presenciais, nas quais a maioria
servem apenas para renovação de receituário.
Pulseiras eletrónicas serão distribuídas por homens e
mulheres que vivam mais isolados, para que ao acioná-las possam ter socorro rápido.
A colocação de desfibrilhadores em determinados locais
públicos está prevista ainda para este ano.
Em Setembro, por um protocolo assinado com a Direção Geral da
Saúde, o Observatório Nacional da Diabetes, a Sociedade Portuguesa de
Diabetologia, a Associação Portuguesa de Diabetes de Portugal e a ANMP vamos
dar início ao rastreio da Retinopatia Diabética com técnicos da Associação
Portuguesa da Diabetes. E outros rastreios se seguirão nomeadamente na deteção
de doenças oncológicas.
LM – Ainda na área da saúde, que
destino vai ter o 1º
andar do Centro de Saúde, atualmente vazio?
Presidente: como sabe esse espaço pertence à
Administração Regional de Saúde através da Unidade Local de Saúde de Castelo
Branco e não à Câmara Municipal. Contudo nas negociações que temos tido, temos
acordado que essas instalações sejam cedidas à Câmara e esta por sua vez as
possa ceder a qualquer Instituição de Solidariedade Social ou outra sem fins
lucrativos. Atendendo à legislação em vigor, penso que podemos ter lá uma
Unidade Especial de doentes acamados. Estamos a trabalhar nesse sentido tendo
tido já reuniões quer a nível da área governativa da Saúde quer da Segurança
Social.
LM – Neste momento decorrem várias obras em Oleiros nomeadamente,
passeios da estrada nacional, passeio ao longo da ribeira e Jardim. Destas, a
que parece às pessoas menos compreensível é a modificação do Jardim Municipal. Porquê
essas alterações?
Presidente: Começando pelo final da sua questão,
o Jardim Municipal precisava de requalificação. Oleiros merece-o. Também é
melhorando e modernizando que ajuda a fixar pessoas e a atrair visitantes. Mas
o Executivo anterior tinha conseguido verbas através dos Fundos Europeus para
melhorar a zona envolvente do Município. Soubemos que ainda havia dinheiros do
QREN do último quadro comunitário que terminava em 2013. Por isso em vez de
Portugal devolver esse dinheiro para Bruxelas, arriscámos e entregámos um
adicional ao projeto já executado da zona envolvente à Câmara Municipal e
candidatámo-nos a esses fundos. Seria no meu entender um disparate não
aproveitar tal oportunidade. Melhoramos o Jardim e damos trabalho e dinheiro
para quem aqui trabalhar. Quanto às outras obras que refere concorremos a um
programa da CCDR-Centro chamado de overbooking na perspectiva de conseguirmos
apoios financeiros para estas construções. E mesmo que algumas pessoas critiquem,
continuaremos a modernizar Oleiros e a criar infraestruturas que melhorem as
condições de vida de quem cá vive e atrair mais gente, no seguimento das
políticas vindas do Executivo anterior.
LM – E as obras do jardim não
deveriam ser feitas antes? Não se corre o risco que, em Agosto, ainda existam
obras em execução?
Presidente: Tudo tem um tempo. Também
gostaríamos que já estivessem prontas. Mas os concursos públicos e as
adjudicações e reclamações têm prazos que têm de ser cumpridos. Publicações,
Tribunal de Contas, análises de propostas, cadernos de encargos, aprovações no
Executivo e Assembleia Municipal, tudo leva o seu tempo. E as alternativas
eram, correr o risco que aponta ou não fazer nada. Mas não fazer nada não está
no meu ADN. Mas estou convicto que no início da Feira do Pinhal tenhamos o
Jardim senão totalmente pronto, estará em condições de receber as pessoas que o
queiram visitar.
LM – Em termos de investimento,
existe mais alguma obra de relevo em Plano?
Presidente: várias. Tudo tentaremos para que
ainda durante este mandato possamos ter um pavilhão multiusos em Oleiros, bem
assim como uma sala de espetáculos, uma nova casa mortuária e também um
terminal de camionagem. Temos tentado negociar alguns terrenos para colocarmos
algumas destas infraestruturas referidas, mas não tem sido fácil. O dinheiro é
de todos, nós apenas temos que geri-lo da maneira que achamos que traga mais
dividendos e nas próximas eleições cá estarão os nossos eleitores para dizerem
se fizemos bem ou mal. Tudo o que a Câmara adquirir terá que ser avaliado
previamente por um perito avaliador da CMVM e Ministério das Finanças.
LM - As verbas vindas da GENERG
(ventoinhas) ajudam, em muito, na receita/investimentos do Município?
Presidente: São de facto receitas importantes
que o anterior executivo conseguiu para Oleiros. Sem elas tudo seria mais
difícil, nos últimos anos reduziram-se as receitas em cerca de um milhão e
quatrocentos mil Euros, devido às medidas de austeridade impostas pela Troika.
LM – Porque é que, na maioria das
instalações municipais, não se utilizam painéis solares?
Presidente: Como dizia há pouco, tudo tem um tempo. Recentemente as
novas tecnologias permitem-nos poupar muito em eletricidade. Aliás, o próximo
quadro comunitário de apoio, tem um programa que vai nesse sentido, tem
previstas verbas significativas para a eficiência energética. Estamos a
preparar projetos para apresentar as candidaturas, não só com painéis solares,
mas também para utilização de lâmpadas de baixo consumo e o uso de peletes em
vez de gás.
LM - O Plano Diretor Municipal não
dificultou o crescimento das nossas povoações privilegiando a concentração da
construção?
Presidente: Não foi o Plano Director Municipal
que travou o crescimento das nossas povoações. Foi a procura de novas
oportunidades e a tentativa de melhorar as condições de vida. Aconteceu em todo
o lado nos últimos cinquenta anos. Em todos os Concelhos houve concentração nos
grandes aglomerados com esvaziamento das freguesias.
LM - Oleiros pertence à Comunidade
Intermunicipal da Beira Baixa. Considera que estas comunidades trazem vantagem
nomeadamente para Oleiros?
Presidente: É ditado antigo que a união faz a
força. Cada vez mais temos problemas e soluções semelhantes. Para além disso há
também vantagens para conseguir fundos estruturais. Verbas vindas da Comunidade
Europeia privilegiam projetos que sejam comuns a mais de um Concelho.
LM - – Oleiros, na situação atual e
no seu entender, perdeu peso para a Sertã com a abertura do novo troço de
estrada?
Presidente: Pelo contrário, foi uma obra que
muito beneficiou as gentes de Oleiros. Vai é facilitar um maior intercâmbio
entre os dois Concelhos. Como se pode já hoje comprovar o Tribunal manteve-se,
as Finanças e Conservatória também e muito provavelmente alguns serviços que
até aqui para os conseguirmos era necessário deslocarmo-nos à capital de
Distrito e tudo aponta para que possam vir a ser tratados em Oleiros.
LM – Falando agora de uma área
preponderante para Oleiros e região, o turismo, cada vez mais se aposta
seriamente em realizações de grande visibilidade e, algumas, com impato
nacional e até internacional.
Esta é a melhor solução para nos afirmarmos de forma forte
e diferente?
LM – Muito se tem falado de “Oleiros capital
do maranho”, do cabrito estonado e do vinho callum. Embora já se tenha
realizado uma sessão de esclarecimento para certificação de produtos, como produzimos
cabritos que cheguem e vinho callum, que muitos
ao visitarem Oleiros querem beber ou comprar e não existe?
Presidente: É verdade. mas o maranho nem tanto,
ele aparece em Oleiros, na Sertã e noutros Concelhos. O nosso é delicioso, mas
o cabrito estonado é único e temos de o continuar a promover e incentivar a sua
criação. Nas deslocações que estamos fazendo às freguesias estamos propondo a
criação de rebanhos e currais comunitários. Já temos garantido o escoamento do
"produto". Vamos ver se conseguimos sensibilizar as nossas gentes
para esta ação. Isto podia não só trazer emprego e riqueza mas também vigiar e
limpar a floresta. Levaria a haver necessidade de um matadouro em Oleiros e
logo mais postos de trabalho. Quanto ao vinho Callum estamos trabalhando para o
conseguir colocá-lo como um "Vinho Histórico" e um lagar onde toda a
produção de quem quisesse aderir pudesse aí realizar o vinho com o apoio de
um enólogo.
Ainda sobre o cabrito estonado, que sabemos dá muito
trabalho, tencionamos reunir com os restaurantes de Oleiros e propor-lhes que um
deles, em todos os fim-de-semanas tenham na ementa Cabrito Estonado. E sempre
que não sejam consumidas todas as doses, elas serão entregues numa Instituição
de Solidariedade Social e a Câmara suportará esses custos.
LM- Considera ter sido um marco
importante a realização do Iº
Congresso Nacional de Turismo Rural? E acha que vai dar frutos?
Presidente: foi uma vitória, pois Oleiros
disputou este Congresso com o Algarve e Ilha da Madeira. Há aqui que realçar a
ajuda e o trabalho precioso do Presidente da NaturTejo Engº Armindo Jacinto,
bem assim como do Vereador Paulo Urbano. Sem eles não teria sido possível este
evento. Estou certo que este Congresso trará dividendos para o Concelho,
recordo que tivemos congressistas de todo o País, do Minho até aos Açores. E
excelentes palestrantes.
LM – Um dos assuntos mais questionado
durante o debate foi a falta de placas de identificação e orientadoras nas
nossas terras. Algumas pessoas que nos
visitam chegam a ficar meio perdidos dentro de uma Vila, como a nossa, e têm de perguntar por onde
devem sair ou onde encontrar alguns pontos importantes que procuram. O próprio posto
de turismo está fechado ao fim de semana. Vai tomar medidas?
Presidente: Já encomendámos um estudo para a
Área de Reabilitação Urbana (ARU). Nesse estudo vamos ter uma nova sinalética.
Vamos também colocar placas toponímicas com QR Code permitindo saber a origem
do nome das ruas. Quanto ao posto de turismo fechado ao fim de semana é uma
crítica construtiva que nos tem sido feita, mas a falta de pessoal e a
dificuldade de contratualizar pessoas tem dificultado essa abertura, vamos
tentar ultrapassar essa lacuna.
LM – Não posso deixar de lhe
perguntar o que muitos querem saber. Afinal vai, ou não, abrir a tal fábrica
dos Russos?
Presidente: Na última Assembleia Municipal pedi
ao Presidente do Grupo Russo que viesse dar explicações pelo atraso e se
continuava ou não interessado na fábrica. Ele, esteve presente, deu explicações
e dispôs-se a responder a todas as questões que a Assembleia lhe quisesse
colocar. Em resumo, o conflito Rússia-Ucrânia e o embargo decretado pelas
Nações Unidas, acrescido segundo ele da fábrica onde estavam a ser executados
equipamentos para virem para Portugal foi bombardeada e destruída, obrigando-o
a fazer encomenda noutro local. Debateu-se também com algumas burocracias
imprevistas em Portugal. Mostrou-se interessado em manter o investimento e
comprometeu-se, em Setembro, voltar à Assembleia Municipal dar o ponto da situação.
LM - No dia do Concelho não seria um
momento certo para distinguir algumas
personalidades, empresas, atletas do concelho e outros munícipes que se
distinguiram em várias áreas?
Presidente: Concordo plenamente. Estamos a
pensar modificar o formato do dia do Concelho. Não só nos pontos que refere,
mas também termos uma sessão solene e nesse dia assinarmos protocolos com
várias Instituições do Concelho. Vamos ver se já este ano introduzimos algumas
alterações.
LM – A Feira do Pinhal continuará a
ser mais uma Feira ou é intenção da Câmara virá-la mais para a floresta?
Presidente: A Feira do Pinhal vai além duma
feira, é uma grande Festa e uma forma extraordinária de promover o Concelho.
Costuma-se dizer que equipa que ganha não se muda. Mas como o próprio nome
indica "Pinhal", ela deve privilegiar os produtos da floresta. É isso
que ano após ano tem sido feito, e pretendemos que assim continue, cada vez
mais ligada ao nosso Concelho e à nossa Floresta.
LM - Em mandato anterior foi muito
propalada a possibilidade de Oleiros ter protocolos de geminação com outro Oleiros,
em Espanha (Galiza). Qual é a situação atual, ou o projeto não passou disso mesmo?
Presidente: É um assunto que ainda não
abordámos, mas a ideia parece-me não só interessante como inteligente. É mais
um desafio que o anterior executivo nos deixou.
LM – Quais são as relações que mantém com os vereadores independentes?
Presidente: em meu entender, não poderiam ser
melhores. Têm trazido propostas sérias que analisamos com todo o cuidado e
muitas delas têm tido o nosso aval, como o inverso também é verdadeiro. Sinto
que estamos todos a remar para o bem do Concelho.
LM – Há muitas pessoas que afirmam
que o sr. Dr. não ficará na Presidência da Câmara Municipal até ao final do mandato. Algumas dessas
pessoas acreditam que num futuro próximo estará no desempenho de outro mais alto
cargo. Tinha que lhe colocar esta questão. Pode pronunciar-se sobre a questão?
Presidente: Também diziam que eu não iria
assumir a Presidência, nem que estaria no dia-a-dia em Oleiros. Mas quem assim
pensou, enganou-se. Quem bem me conhece como o Comendador José Marques, sabia
que não era assim. Salvo raras exceções, só não estou em Oleiros, quando estou
a tratar de assuntos relacionados com o Concelho. Reuniões de trabalho são
muitas, não só com Membros do Governo, como com Instituições ou organizações
das quais a Câmara de Oleiros faz parte como "A Pinhal Maior", a
Valnor, as Aldeias de Xisto, a CIMBB e por aí adiante.
Estarei seguramente até final do mandato no cargo que os eleitores
me honraram em atribuir. Na vida sempre me empenhei nos projetos que abracei e
neste momento o meu projeto de vida é Oleiros. No final do mandato todos
saberemos se valeu a pena.
LM – Indique-me, como nota final, que
outros cargos desempenha para além de Presidente do Município de Oleiros
Presidente:
- Membro da
Comissão Política Nacional do PSD
- Representante
da Associação Nacional dos Municípios Portugueses no Conselho Nacional Florestal
-
Membro
na ANMP do grupo Médicos-Presidentes de Câmara
-
Assumirei
dentro de semanas a Presidência da Associação Pinhal Maior.
Oleiros, 24 de julho de 2014
Luís Mateus
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