maio 10, 2011

Voltou o "Prós e Contras" mas sem políticos à altura

Foto da RTP1
 VIDA NOVA DEPOIS DA TROIKA

O programa sempre foi de referência, portanto de muito interesse. Uns melhores que outros, como tudo na vida. No entanto, este regresso pautou-se por uma atitude por parte dos políticos, áspera, tom desmedido , incompreensível, baixando até o nível de audiência, porque quando os vi "às avessas" perderam pelo menos a minha assistência. 

Fiz zap e fui ver outras coisas que não me estragassem o serão. Mas, ouvindo o credenciado jornalista António Esteves Martins, que corre a Europa, mas mais concretamente acompanha o que se passa em Bruxelas  (António Esteves Martins) e estando presente deu uma autêntica lição aos políticos. com classe, com profissionalismo e fazendo-os baixar o tom a partir dali. Foi quando eu tinha regressado para ver se continuava aquele triste espectáculo. Depois fiquei e, no final, com as duas intervenções da plateia (entre as quais novamente o mesmo jornalista), fiquei satisfeito. Identifiquei-me com o que disseram.

Dos outros? Sabe-se que os três partidos ali representado (Pires de Lima desde Luanda), assinaram o protocolo com o troika no sentido de tudo fazerem para que as medidas drásticas nele contidas fossem cumpridas. No entanto, devido ao período eleitoral, o PSD apresenta medidas ainda mais duras,
PS a defender o que pode sobre as questões sociais e o CDS a dizer que, nestas eleições ,é o momento para se alterar o rumo das políticas e governantes, sabendo que Paulo Portas (com legitimidade democrática) afirma-se disponível para ser Primeiro Ministro, mas por enquanto sem programa. Entende-se porquê. No meu entender, já que o PS se adiantou na apresentação do seu programa, o melhor era mesmo esperar que o PSD fizesse o mesmo para depois escolher por onde entrar. O PSD apresentou, como se sabe, o seu programa no Domingo passado. 

Mas como disse o autor da última intervenção no "prós e contras", "apresentem programas curtos que o Povo entenda e leia", eu sou dos que sublinho o mesmo. Quantas cópias de programas tira cada partido? Bem, é cada "calhamaço", que nem dá para distribuir. Experimentem um dia a pedir um programa, durante uma "arruada propagandística" e verão que nem os cabeças de lista distritais o têm presente. São sempre aqueles papéis caros e às cores, com alguns títulos ou frases avulsas tiradas do programa. Quem quiser lê-lo, que vá ao seu site oficial "aí está tudo", como até o Presidente da República diz.

A verdade é que ainda nem fomos às urnas para ver quem o Povo quer no poder e as coligações estão tremidas. Depois, bem depois é como sempre, fazem-nas da forma que se alguns de nós soubesse-mos antes, não votaríamos de determinada forma.
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Bom, já fora do programa da RTP1, o que vimos este sim de semana foi o Bloco a afirmar que, o dia 5 de Junho, pode ser um outro "25 de Abril" e que há disponibilidade para entendimentos de uma formação de esquerda verdadeiramente democrática.
Quanto ao PCP, tem vindo a pautar-se por um ataque ao protocolo com a troika,  aos banqueiros, ao Governo e ao programa do PSD, especialmente. Mas é certo que estes dois partidos  (BE e PCP) não assinaram o protocolo e, por isso, não estão sujeitos às medidas preconizadas no mesmo.

Entretanto, hoje há primeira semi-final nas canções da Eurovisão e os nossos representantes musicais vão gritar "camaradas vamos à luta), para toda a Europa ver e ouvir. Só um momento de crise como a que temos vindo já a passar é que pode este grupo ter sido eleito (respeitando as pessoas que votaram neles).

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